De 13 a 17 de junho de 2011, foi realizado na aldeia Caramuru Paraguaçu, povo Indígena Pataxó Hãhãhãe, localizado no município de Pau Brasil – BA, o 5º Encontro do GEF Indígena e nessa oportunidade tivemos a participação dos povos indígenas de Pankararu Entre Serras – PE, Potiguara – PB, Kiriri – BA, Tremembé – CE, Xacriabá – MG, Tupinikim – ES, Tupinambá – BA e com certeza os donos da casa os Pataxó Hãhãhãe. Também tive a presença de representantes da APOINME, FUNAI Brasília, FUNAI Ceará, FUNAI Alagoas, FUNAI Minas Gerais, FUNAI Bahia e do GEF. O seminário foi reservado os dias 13 e 14 para os indígenas discutirem suas demandas e anseios sobre o entendimento do que seria o GEF, dando inicio assim com um grande ritual de abertura com os donos da casa e em seguida abril para que os demais participassem de um ritual maior.
Após o ritual de abertura foi formada uma mesa de boas vindas, com as presenças de todos os caciques Pataxó, que agradeceram a presença de todos, dando seguimento ao Seminário foi lido o projeto GEF, para que os presentes na plenária tenham conhecimento do real significado desse projeto, seguindo teve os debates trabalhos em grupo para expor suas especificidades e muita conversa entre os indígenas presentes durante esses dois dias.
Do dia 15 em diante começaria as conversas mais técnicas sobre o projeto, e para iniciar foi apresentado por Robert Miller (PNUD) e pelo Jaime Siqueira Jr.(FUNAI), o programa GATI – Gestão Ambiental e Territorial Indígena, que nada mais que nada mesmo um programa especifico dentro do GEF, mas voltado diretamente aos povos indígenas. Foi apresentado também os valores total por 05 anos do GATI, que é num montante de R$ 62.901.838,00 Sessenta e dois milhões novecentos e um mil e oitocentos e trinta e oito reais. Contando com as seguintes financiamentos R$ 10.200.000,00 do GEF, R$ 34.000.000,00 da FUNAI, R$ 11.600.000,00 do MMA, R$ 5.907.100,00 da TNC, R$ 514.738,00 das Organizações Indígenas e R$ 680.000,00 do PNUD, que somados juntos chegou ao valor citado acima. Robert e Jaime também falaram sobre os gastos que o projeto teve com encontros e seminários desde 2008, que chega a um valor total de mais de R$ 5.000.000,00 cinco milhões de Reais.
Mas o que é o GEF? O Fundo para o Meio Ambiente Mundial – Global Environment Facility (GEF), em inglês, foi criado em 1990, como um Programa Piloto do Banco Mundial para auxiliar os países em desenvolvimento BA busca de solução para as preocupações globais em relação a proteção dos ecossistemas e a biodiversidade. E em 2008, com uma nova sinalização de interesse por parte do GEF, os esforços por um projeto mas amplo foram retomados com um trabalho conjunto das organizações indígenas, FUNAI e MMA. Foram realizadas 05 consultas regionais, que embasaram a proposta definitiva do projeto. Sendo assim foram assim escolhidas ares de referencias e ares de experiências, o nordeste então ficou com 02 povos como ares de referências e 06 povos como áreas de experiência. Como área de referencia ficaram Pankararu Entre Serras – PE pelo bioma Caatinga e os Pataxó Hãhãhãe – BA pelo bioma Mata Atlântica, e os povos de experiência ficaram os Tupiniquim – ES, Xacriabá – MG, Kiriri – BA, Potiguara – PB, Xocó – SE e Trembembé – CE.
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